domingo, 6 de novembro de 2011

SOBRE SALVAR AS PESSOAS - Christine Day

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Temos conversado sobre a crença de salvar as pessoas. É importante lembrar que se for um chamado profundo, como algo que você realmente tem que fazer, faça. Se você for chamado, de forma clara, e se não for algo decorrente da mente do ego, como “- Eu tenho que ir lá, ajudar as pessoas famintas!” e você não se ajuda, você está sofrendo, em dor, gritando por dentro, eis a diferença. No fundo você esta usando a dor do outro para encobrir a sua própria dor. O que muitos fazem é deixarem a si mesmos e partir em busca de outras pessoas. Tem tantas pessoas que querem salvar o planeta e salvar os famintos e na maioria do tempo elas não estão com elas mesmas, elas se afastam de si mesmas e não foi isso que elas vieram fazer aqui. E o fato é que as pessoas não precisam ser salvas, elas estão aqui para vivenciar as próprias experiências. Nós vivemos neste plano para ter estas experiências e passamos pelas experiências que escolhemos para aprender. Ás vezes, é na profundidade do sofrimento que as pessoas buscam algo a mais e encontram a elas mesmas. Eles têm a mesma capacidade, ou até uma capacidade maior que as nossas próprias capacidades, de levarem a si mesmos, onde quer que seja, quando estiverem prontas.

E isso é o que devemos fazer em relação a todas as pessoas, amá-las. Isto não quer dizer concordar com tudo que fazem ou se meter em seus assuntos particulares.  Se esse for seu chamado, as vidas que você tocar serão mudadas da forma que precisa ser mudado, e isso seria o cumprimento de acordo pré-estabelecido de ir lá e tocar algumas pessoas. E você pode confiar nisto totalmente. É parte de sua jornada e de sua experiência, mudaria você e mudaria as pessoas. Mas isso é uma coisa, outra é você afirmar “vou salvar as pessoas famintas” (tom de superioridade, prepotência), é diferente.E como é que você vai medir o sofrimento? Você se depara com uma pessoa abastada que está sofrendo muito e uma pessoa faminta sofrendo, como você mede isto? Há muitas dinâmicas envolvidas, cheias de armadilhas da mente do ego. Nós temos dois caminhos, pelo coração e pela mente. Se escolhemos pela mente estamos na ilusão, se escolhemos pelo coração estamos na verdade.

Quando se deixa a ilusão para trás você se direciona a experiência da própria verdade. Existe apenas uma verdade universal, que existe em todo o universo, não tem como você criar sua versão particular da verdade: “- Essa é a minha verdade.” Isso é uma fala do ego. É importante, então, seguir a verdade do universo. E isso é parte da autodevoção, permitir-se ser. O importante é estar conectado consigo mesmo. Isso quer dizer sair de perspectiva do plano tridimensional de auto-condenação para uma relação de quarta e quinta dimensão de amor, de compaixão e de paciência consigo mesmo. Isso é parte do processo de iluminação. Assim você começa a se alinhar e se iluminar.

Na nova era devemos voltar a nós mesmo, reassumir a nós mesmos. Em tempos remotos era assim, você suplicava para alguém te ajudar. Agora somos solicitados para, conscientemente, voltarmos a nós mesmos e nos abrir. Os dons que estão em nosso plano, hoje, nos auxiliam. Temos uma força incrível nos auxiliando desde os reinos espirituais para que possamos cumprir a nossa missão, mas não podemos pedir que alguém nos salve. Nós temos a habilidade, agora, de fazer uma escolha e dizer sim, e dar um passo a frente com consciência. Nós fomos condicionados a muitas coisas e depende de nós dar os novos passos.
 
Sem o corpo não estaríamos aqui. Ao mesmo tempo, na medida que corpo físico é modificado, nós começamos novamente a nos alinhar conscientemente com a nossa própria natureza espiritual divina. Então vivemos um despertar espiritual divino neste período de vida. Não devemos ignorar isto, senão não poderemos convergir à iluminação por estarmos em processo de separação com nossa própria essência. É isso que precisamos observar, nao se pode entrar em pleno despertar espiritual com separação dentro de nós - enquanto estamos nos condenando. Receba a si mesmo, receba a você mesmo. Preste atenção quando estiver recebendo a própria luz, você dando nascimento a você mesmo. Por tanto tempo entendemos isso como algo externo a nós, mas a verdade é que se encontra dentro da gente. É a sua consciência entrando. Dê-se um momentinho todas as manhãs. Pare, ponha a mão no coração, sinta-se presente, respire, e isso é o suficiente. Isso transformará seu campo energético e as células em seu corpo. Dê a você esse momento e é o suficiente. E depois, talvez, um momento de manhã e depois outro momento a tarde. E você percebe a transformação.

Você está em todos os lugares, você é todas as coisas, o que você precisa vem de fato do seu aspecto divino. Eu sei como é difícil, a mente do ego muitas vezes diz que você não vale nada. E ela não diz o quão bonito e glorioso você realmente é. O quão lindo você é. O quão precioso você é. A verdadeira dádiva para o mundo que você é. E isso é a verdade. E essa verdade é muito bela.

Você não precisa ser perfeito, precisa apenas estar num estado onde você se encontra mais suscetível às energias de quarta e quinta dimensão. Quando isso ocorre tudo mais cai, é sublimado, e essa foi minha experiência dois anos atrás. Quando você atingir esse momento de consciência, tudo mais, todas as barreiras caem, sejam as amarras emocionais, sejam os emaranhados físicos.
Eu também, as vezes tenho uma necessidade grande de passar mais tempo com uma pessoa, ou mesmo dar algo financeiramente, então eu dou e sigo com o meu fluxo. Mas isso é um acordo espontâneo. É muito diferente. Todos nós temos nossas experiências aqui, e nossa função é nos encontrarmos, voltarmos a simplesmente ser.