terça-feira, 26 de maio de 2015

LEIS E DESTINO de Lisélia de Abreu Marques




A procura filosófica pelo sentido para a vida acompanha a humanidade desde tempos longínquos. Tentar entender e prever os acontecimentos, até mesmo modificá-los é um poder que aos poucos estamos alcançando. Para obter esse poder é preciso entender que há uma série de leis no universo que determinam como as coisas funcionam. São como fios invisíveis de uma gigantesca teia de energias. Os fluxos, os canais, as direções já estão preestabelecidos e até as obstruções a estas vias energéticas tem uma previsão de escape ou desvio. Tudo já está pronto e planejado. A natureza não se move ao acaso. Existem leis que regem tudo.
As leis de Newton, entre outras leis, assim como o princípio da conservação da matéria, enunciado por Lavoisier, que diz que na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, ajudam a entender os mecanismos da natureza e o seu funcionamento. A humanidade faz parte da natureza e também segue suas leis. O homem modifica a natureza a sua volta para transformar seu meio. Ele canaliza a energia disponível num recurso para uma outra demanda, gerando uma nova realidade. Os desequilíbrios podem acontecer numa interferência mal planejada. A energia ou recurso que esteja sendo usada em excesso num ponto faltará noutro, haverá uma compensação. Desviar um curso de água, ocasionará perda de água no leito original. Podemos observar essa lei agindo também no comportamento humano. É comum acontecer com certas pessoas que se preocupam demais em cuidar dos outros e assumir responsabilidades que seriam deles, negligenciarem a si próprias ao despender muito pouca ou nenhuma energia para cuidarem da própria vida.
De acordo com a terceira lei de Newton, toda ação provoca uma reação de igual ou maior intensidade, mesma direção e sentido contrário. Levando isso para os comportamentos humanos podemos inferir que comportamentos manifestados em forma de pensamentos, sentimentos ou atitudes são ações que estimulam reações na vida diária. Estas reações retornam para a origem carregadas de carga. A qualidade dessa carga dependerá da qualidade da ação que a gerou. Ações positivas geram reações positivas e atitudes negativas geram reações negativas. A não ação, a passividade, também é uma ação, um comportamento, um estímulo que gera reação. O não fazer nada tem, também suas conseqüências. Todos sabemos como pode ser desastroso agir quando se deve aguardar e  aguardar quando se deve agir. A terceira lei de Newton nos ajuda a perceber a nossa responsabilidade pela ­vida que criamos.
Somos agentes e temos poder de mudança. Para atuar de maneira eficaz é preciso conhecer as leis que regem a natureza humana e agir de acordo com elas. Assim fazendo estaremos no fluxo da vida, o esforço de transformação será menor e os resultados serão melhores. Conhecendo as leis, conhecemos a direção que a vida está seguindo, o seu sentido. Fica mais fácil entender e prever os acontecimentos. A vida deixa de parecer uma reação em cadeia de circunstâncias desconexas, ela passa a fazer sentido e nós passamos a entendê-la e guiar nossas vidas conscientemente, deixando o sentimento de vítima impotente do destino para trás e assumindo nossa posição de agentes do próprio destino, criadores e condutores das circunstâncias da nossa vida.  

domingo, 15 de setembro de 2013

O INCONSCIENTE E A MEDITAÇÃO de Lisélia de Abreu Marques




O INCONSCIENTE não é um lugar, não é a parte debaixo do iceberg, nem está separado do que está consciente por uma linha imaginária. Ele está em toda a parte, dentro e fora de você, te envolve como o ar que respiramos. É um estado de cegueira. Você olha pra ele e não vê nada. Assim como você não vê o ar, você não vê o inconsciente. Por definição o seu inconsciente é invisível para você.  A partir do momento em que você olha para o inconsciente e vê algo, aquilo deixa de estar inconsciente e passa a fazer parte do universo consciente. Você toma consciência daquilo.
             O inconsciente é particular. O que é inconsciente para você pode aparecer em letras garrafais, piscando em neon e com todas as cores para todas as demais pessoas. Seus amigos podem ver, sua família pode ver, até o caixa do supermercado pode estar vendo um conteúdo que só você não vê. E podem te dizer, te contar. O que acontece, na maioria das vezes, é que você não só não acredita neles, como até briga com eles por conta disto, negando o que dizem. Lembre-se, a cegueira é sua. O que não impede que outras pessoas que tenham esse mesmo ponto cego se unam e passem a defender o mesmo ponto de vista, no caso, ponto de não vista que você. Vale lembrar que a ignorância é um fator de inconsciência, assim como o preconceito.
Como aqueles espelhos de observação que de um lado é espelho e do outro é vidro transparente, você não vê o que está inconsciente, mas isso não significa que você não é visto tanto pelos outros, como por suas partes inconscientes. Se por um lado você reconhece uma parte sua preguiçosa, desleixada e bagunceira que se depara com uma parte trabalhadora e organizada, acontece, muitas vezes, de não reconhecermos partes nossas que condenamos, que não são socialmente aceitas, que são doentes demais ou que nos causam vergonha ou culpa. Isso não quer dizer que estas partes não nos considerem ou deixem de nos ver. O fato do Eu não ver, não significa que o inconsciente não esteja vendo.
 Costumamos chamar de EU toda aquela parte da gente que sabe que faz parte da gente, que na paz ou no conflito está sendo vista, que marca presença. Consideramos EU a parte que quer dormir até mais tarde e a que quer levantar cedo para estudar, a parte que quer comer até se fartar e a parte que quer fazer dieta, a parte feliz e a parte triste. O Eu engloba tudo o que está consciente, mas não reconhece como parte de si mesmo, o que está inconsciente. O inconsciente é uma parte não vista, não reconhecida de nós mesmos. Pode ser uma memória traumática que sumiu, pode ser um desejo sufocado, uma dor emocional que não consigamos lidar, um medo paralisante. Para o inconsciente vai tudo aquilo que não queremos ver. Cobrimos os conteúdos desagradáveis com um manto de invisibilidade até nos esquecermos que um dia existiram. Sim, o que hoje é inconsciente, um dia pode ter sido consciente.
  Não só de coisas ruins é feito o inconsciente. Um talento não desenvolvido, uma profissão não incentivada, um recurso emocional armazenado... está tudo lá. Potenciais e mais potenciais aguardando para serem convocados.
  Da mesma forma que o seu apêndice sempre existiu inconsciente para você, no dia em que ele fica doente, passa a ser a parte mais importante da sua vida.  Assim, também, uma parte sua inconsciente para o seu Eu pode, de uma hora para outra, vir a consciência gritando para ser vista e curada. Partes sufocadas, partes banidas, rejeitadas que criam recalque, raiva, dor vão se somando e adoecendo. Estas partes, enquanto inconscientes, não vistas pelo Eu, acabam por boicotar, atrasar e segurar você com relação a um desejo consciente. Podem adoecer seu corpo com dores inexplicáveis, podem deprimir você, levar você à falência, provocar acidentes, causar um câncer ou infarto, podem até matar você através do suicídio ou das drogas. Porque o fato de você não ver uma necessidade, não significa que ela não exista. E precisa ser sanada. 
                   Quando crianças temos o chamado “pensamento mágico” onde acreditamos ter poder sobre os eventos. Alguns adultos têm uma versão distorcida desse tipo de pensamento, acreditando, por exemplo, que se não forem ao médico, evitarão descobrir estarem doentes, como se não saber, fosse o suficiente para permanecerem sadios. Assim fazemos com muitas partes de nós mesmos. Guardamos em alguma gaveta e esquecemos delas lá dentro por muito tempo, até que elas apareçam como fantasmas cobrando saúde.
 Cabe falar aqui em Consciência do Ego e estados de consciência independentes. Sugiro que a Consciência do Ego, a consciência do Eu estabeleça a ligação entre os muitos estados de consciência. Estados de consciência são consciências apartadas, não unificadas ao Eu. Por não estarem integradas, vem a si próprias como uma unidade autônoma e agem como tal, assim como o Ego faz em relação a estados de consciência superiores.  Por este ponto de vista podemos sugerir que há dentro de uma pessoa, muitas "pessoas" diferentes, muitos estados de ânimo, muitas vozes diferentes que precisam ir se integrando umas às outras e recobrando a unidade. Uma maneira de favorecer esse processo de integração é fechando os olhos para ouvir melhor, voltando nossa atenção para dentro de nós mesmos, ficando em silêncio e ouvindo todas as nossas vozes falando. Num primeiro momento é um burburinho danado, lembranças, programas de TV, músicas, conversas, tudo continua ressoando dentro da nossa mente, fazendo eco. Se resistirmos à vontade de bater papo com a nossa mente, se ficarmos em silêncio, dando o exemplo, ela começará a silenciar também. Então poderemos ouvir uma voz que vem de mais longe, que não vem da mente tagarela e agitada do dia a dia. Vem de longe, do subconsciente, do inconsciente, vozes que precisam muito ser ouvidas e acolhidas, vozes sofridas de partes de nós mesmos que esperam há muito tempo para serem resgatadas, libertadas, integradas, curadas e reconduzidas à Unidade.
O INCONSCIENTE não é um lugar, o inconsciente é um estado de cegueira e a MEDITAÇÃO é uma maneira de, através da audição, voltar a ver.

domingo, 8 de setembro de 2013

MOVIMENTO de Lisélia de Abreu Marques

É difícil saber quem eu sou, pois quando estou descobrindo, mudo de novo, e preciso me conhecer tudo outra vez. Então resolvi não pensar mais sobre isso, me desfazer parece mais gostoso, deixar de ser. Com essa atitude descobri que o que é eterno é indestrutível, todo o mais existe para mudar e se transformar infinitamente.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

AMOR DE PAI de Lisélia de Abreu Marques




O AMOR É O CORDÃO UMBILICAL 
QUE LIGA PAIS E FILHOS.
POR NÃO POSSUIR ÚTERO, 
O PAI GERA O FILHO NO CORAÇÃO E
O CARREGA NA ALMA.
                                                                 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

MORRER de Lisélia de Abreu Marques

Há alguma coisa lá fora, e não sei o que é.

Aqui, dentro do crânio, tudo é escuro, e imagino como será lá fora.

Tenho a percepção da solidez das coisas, mas não posso afirmar que a solidez existe.

Tudo é ilusão. A matrix criada a partir das minhas memórias e significados.

Onde está a verdade?

Se a matrix é energia, então posso manipular a matrix. Manipular o que há: energia.

Criar a partir do masculino e do feminino, da ação e da espera. Pausar. Como numa dança. Deixar de ser personagem para ser autora. Tomar posse da minha capacidade criativa.

Me despir de quem possa imaginar que sou. Abrir mão de mim mesma. Não preciso da limitação de uma personalidade, de referências fixas. Posso me despir de mim mesma.

Deixar de acreditar nos 5 sentidos, ir além deles, esvaziar as minhas criações, apagar todos os incêndios que comecei.  Despoderar todas as entidades que criei, esvaziar.

Nada importa, apenas ser. Apenas estar. Soltar, abrir mão das certezas, das crenças, desvalorar.  

Tudo é ilusão. Abaixar as armas e cessar as batalhas, calar as preocupações tagarelas e neuróticas, desacreditar...

Desmanchar, destituir, desfazer, deixar de ser, desidentificar, largar a lança, integrar.

Morrer.  Se morrer for como uma gota d´água que volta pro mar, deve ser muito bom.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

RESPIRAR de Lisélia de Abreu Marques

O momento presente é o lugar mais seguro para se estar.
Dentro do corpo, como se o corpo fosse um berço.
Sem pensar, sem ouvir as próprias fantasias assustadoras de futuros tristes.
Respirar, só respirar.
O exato momento presente é o alívio.
Sentir o nosso corpo respirando,
sentir o próprio peso, a própria presença.
Sentir cada pedacinho do corpo, do calcanhar à ponta dos fios de cabelo.
Deixar as imagens passarem sem segurá-las, respirar.
Respirar como se o ar fosse tudo o que somos, fosse tudo o que temos,
nossa comida, nosso remédio, nossa paz.
Se apegar à própria respiração como se ela fosse nosso anjo da guarda.
Se entregar.
Deixar as imagens passarem por nossa mente. Respirar.
Se apegar à própria respiração como se ela fosse nossa melhor amiga segurando a nossa mão.
Relaxar, respirar, entregar.
Sentir o corpo pesando cada vez mais a partir das pontas dos pés.
Respirar. Estar.
Sentir o que dói. Respirar. Respirar no lugar que dói.
Inspirar luz, expirar sombra. Inspirar luz , expirar sombra até clarear a dor.
Entregar;
respirar;
ser;
sustentar neste lugar;
respirar.
Ser a própria respiração, o fluxo, a vida.
Se perder na própria respiração, afundar...
Relaxar e relaxar.

domingo, 9 de junho de 2013

PROJEÇÃO e PRECONCEITO de Lisélia de Abreu Marques


               Projeção. Sala de projeção. O nome nos remete a uma sala de cinema. Imagine uma sala escura onde imagens do mundo exterior são projetadas em uma tela. Compare isso com o nosso cérebro. O nosso cérebro fica trancado no escuro dentro de uma caixa craniana e lá recebe estímulos elétricos que são traduzidos em forma de som, imagem, tato, paladar, olfato entre outros. As informações vêm fragmentadas e o cérebro se encarrega de preencher as lacunas faltantes com informações de arquivo. Estas informações resultaram de experiências anteriores, ou seja, são passado. O que acontece? Pegamos uma informação novinha em folha e a mesclamos com as informações de arquivos passados para obtermos mais detalhes sobre ela. Pegamos por exemplo a ida a feira: a cada fruta ou vegetal exposto, teremos as impressões visuais, táteis, olfativas daquele momento presente mescladas com lembranças de experiências anteriores vividas em relação àqueles vegetais. Lembranças de infância, circunstâncias agradáveis ou não se juntam  ao momento presente e nos influenciam na escolha dessa ou daquela fruta. A lembrança de laranjas saborosas nos induzem a experimentar novamente e compramos novas laranjas que nem estavam tão saborosas assim.
           O mesmo acontece com outras circunstâncias da vida. Pessoas, lugares, coisas. Tudo o que tocamos, tudo o que nos chega de novo se mescla com o velho arquivo e, se por um lado isso aumenta o número de informações a respeito daquela coisa, por outro contamina tudo com pré – conceito, com pré-julgamento.  
            Agora vamos imaginar uma situação em que as nossas experiências não foram muito boas. Uma nova experiência parecida virá contaminada de passado e com uma carga emocional adulterada negativamente.  Já experiências positivas naquele sentido vem envoltas por boas lembranças.  Isso altera toda a nossa disposição para experimentar a vida. Boas lembranças nos impulsionarão para novas experiências e más lembranças nos fecharam para elas. É um tipo de mecanismo de defesa.
           O que percebemos com isso? Que somos parciais e subjetivos em todos os nossos julgamentos. Que as nossas avaliações se baseiam em experiências passadas e presentes. Quanto menos informações presentes obtemos de algum fato novo, mais recorreremos a  informações passadas para completarmos os dados sobre ele. Isso, aliado às imagens de massa e individuais não só influencia na formação de preconceitos como distorce o presente fazendo tudo se parecer um pouco mais com o passado. Quem nunca ouviu a frase: “Os homens são todos iguais.” “Mulheres são falsas e interesseiras.” Essas imagens podem influenciar a maneira com que as pessoas se relacionam entre os gêneros.
            A aquisição de novas experiências ajuda a aumentar o acervo de informações de que dispomos para os nossos julgamentos e avaliações. A repetição de experiências semelhantes fortalecem as imagens de arquivo a respeito daquela experiência.
         A projeção está presente em relação a praticamente todas as nossas avaliações: pessoas, objetos, lugares, etc.  portanto é muito importante estarmos alertas para não confundirmos o novo com o velho, o presente com o passado e não julgarmos mal as novas experiências por conta de experiências anteriores.

terça-feira, 9 de abril de 2013

A RODA DA FORTUNA de Lisélia de Abreu Marques


A vida é movimento. É espiral. O final de um ciclo é o começo de um novo.
Quando nascemos recebemos nossa primeira lição, a humildade. Nascemos vulneráveis e dependentes. A seu turno cada um vai tendo o seu momento. De recebedores de cuidados a cuidadores. Primeiro aprendizes, depois mestres. Assim, vamos alternando altos e baixos na roda da vida. Ora guiando ora sendo guiados.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O DESPERTAR DA DEUSA de Lisélia de Abreu Marques


Quando Deus era mulher, o mundo sentia;
Quando Deus era mulher, os valores do mundo eram holísticos;
Quando Deus era mulher, havia harmonia e integração com a natureza.
Mas então vieram as sombras e o homem matou a Deusa e desenhou barba na face dela e disse a todos: “Eu matei a Deusa, agora Deus é homem.”
Desde então a terra viva sofre, destruída, usurpada, explorada, poluída.
E as filhas da Deusa assassinada penam sua orfandade.

Mas, a partir dos despojos da Deusa morta, nasceu uma flor e desta flor, frutos.
Os frutos deram sementes e as sementes germinaram.
A Terra, que também é mulher, acolheu, protegeu, nutriu e gestou as sementes da Deusa 
e sempre que um homem presenteia uma mulher com uma flor, desperta, mesmo sem saber, a Deusa daquela mulher. 
Assim a Deusa vive, novamente, em cada filha da Terra. 
Um dia a Deusa estará plena outra vez e a Terra terá paz.
Paz entre homens, paz entre homens e mulheres, paz entre homens e animais, 
Paz com a mãe Terra.


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

GRATIDÃO de Lisélia de Abreu Marques


Gratidão é o primeiro passo para a felicidade. A gratidão é uma energia que atrai as bênçãos da vida e traz bem estar. Agradecer é um exercício de reconhecimento da abundância, valorizando o que recebemos, o que conquistamos.
Os gestos de boa vontade que recebemos dos outros ao longo do dia são alimento, são vitaminas para o coração. Às vezes acostumamos a receber tanto da vida que passamos a encarar as bênçãos do dia-a-dia como rotina. Deixamos de dar valor, sentimos como se fosse um direito e reclamamos quando não acontece.  Reclamar do que falta acaba levando a uma valorização da carência, do que falta, do que ainda não conquistamos, aumentando a insatisfação.  
Agradecer até pelo que falta é uma postura melhor do que ficar reclamando. Encarar as faltas como desafios, como objetivos que nos movem e oferecem aprendizado durante a jornada de completude.
Se alguém amado quase morre num acidente, mas não morre, é melhor agradecer pela vida preservada do que lamentar pelo acidente. O foco faz toda a diferença.
Agradecer, oferecer e então pedir pra vida. Acho que é uma boa receita.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

STRESS EMOCIONAL de Lisélia de Abreu Marques



Quando nos sentimos ameaçados por uma perda, seja ela física ou emocional, entramos em STRESS. Stress é um mecanismo de defesa. Ele é disparado diante de ameaças físicas e emocionais.  Quando algo dispara o alarme de perigo, automaticamente  entramos no modo de defesa chamado STRESS.

Sob risco, temos duas reações automáticas que podem ser usadas:  ATAQUE ou FUGA. Após uma avaliação instintiva, que dura frações de segundo, optamos pela tática que parece ter mais chances de ser melhor sucedida.

Quando concluímos que o problema é maior do que damos conta de lidar, sentimos MEDO e optamos instintivamente e inconscientemente por FUGA.

Quando concluímos que damos conta de vencer a luta com o problema, sentimos RAIVA e optamos instintivamente e inconscientemente por ATAQUE.
Geralmente quando entramos em  modo STRESS motivados por ameaça de perda emocional,  acabamos desencadeando uma reação emocional desproporcional e injusta que cria exatamente aquilo que queríamos evitar, a perda. Por ATAQUE ou FUGA agimos contra os nossos próprios interesses, afastando, muitas vezes, aqueles quem queríamos perto.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

VOCÊ JÁ PERDOOU HOJE? de Lisélia de Abreu Marques



 Bom dia. Um novo dia começa e pra fazê-lo realmente novo precisamos deixar pra trás a bagagem ruim. Trazer para hoje apenas o que vale a pena carregar, coisas tais como o aprendizado que tivemos, as descobertas que fizemos e as nossas ferramentas de evolução.

Pro passado ficar no passado precisamos perdoar. Perdão é admitir que o inaceitável aconteceu. Aceitar a realidade sem lutar contra ela, sem revolta, sem ódio, sem vingança, sem julgamento.  Não aprovar ou desaprovar, simplesmente admitir que o fato ocorreu e, então perdoar o imperdoável, abrir mão do castigo, deixar ir sem punição.

Parte de nós não admite isto. Acredita que não perdoar mantém a dívida para posterior reparação ou castigo e que isto é fundamental para que a Justiça seja feita. Perdoar seria o mesmo que deixar ir sem compensação, sem reparo, sem castigo. Não perdoar soa como justiça, como manter o equilíbrio da vida.

Todos ouvimos falar que perdão é uma qualidade divina e que somente pessoas especiais são capazes de perdoar, de coração, o que para a maioria de nós, seria imperdoável. Admiramos estas pessoas, ao mesmo tempo em que, em algum cantinho de nossas almas, as consideramos tolas.  Como cobradores das dívidas alheias nos sentimos poderosos e cheios de razão. Barganhamos, castigamos, maltratamos e damos vazão ao nosso lado carrasco sem culpa; Nos arvoramos  “justiceiros” e justificamos o mal em nós.

Você já perdoou Hitler e o nazismo?  Você já perdoou a bomba atômica jogada sobre o Japão?  Você já perdoou a Santa Inquisição com suas torturas e fogueiras de pessoas? Você já perdoou a traição de Judas?  
Quando não perdoamos nos tornamos cobradores. Batemos à porta dos nossos devedores, muitas vezes com raiva e rancor. Nos sentimos cheios de razão e poderosos. Há um prazer nisto. O prazer negativo de “estar certo” e o prazer negativo de cobrar. Nos sentimos no lado “seguro” da dualidade bem X mal, nos esquecendo que na dualidade não há lado seguro, pois a dualidade não é real, é apenas uma ilusão da mente.

Na cobrança há, também, a adrenalina do enfrentamento, supostamente em vantagem, sobre o devedor. Perdoar é sentido como abrir mão deste prazer negativo, desta vantagem, é como se entregássemos de bandeja a “vitória” ao outro, como se fossemos tolos.

Quando ouvimos falar em “dar a outra face”, sentimos como se fossemos nos expor ao perigo uma segunda vez, como se isto fosse uma tolice. Mas dar a outra face é perdoar e seguir em frente. Quebrar o ciclo vicioso de pagar o mal com o mal.

Perdoar é uma libertação, é se desvincular da ofensa, é deixar a bagagem ruim para trás. É começar o novo, sem a carga negativa e pesada do passado. É se libertar ao libertar o outro,  como é dito na oração do Pai Nosso ( Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido).

“O amor cobre a multidão de pecados” e só ele é capaz de nos fortalecer para o perdão. Só investidos do amor somos capazes de perdoar e o perdão mais difícil é aquele que devemos dar a nós mesmos. Conceder perdão a outrem, por mais que nosso senso imperfeito de justiça clame por vingança é mais fácil do que perdoar a nós mesmos. O autoperdão requer que abramos mão do medo de sermos castigados pela vida. Preferimos escolher nossas penas e gerenciá-las a deixar que a vida o faça, então começamos por retirar a felicidade. Como nos permitir ser felizes com tamanha dívida? Seria injusto e a dívida aumentaria. Então suprimir a nossa felicidade é o primeiro sinal de que precisamos do nosso próprio perdão, mesmo que não saibamos ou lembramos do que, exatamente, estamos nos culpando.

Pra começar um bom dia, um bom ano, uma boa vida devemos começar perdoando. Esta deve ser a primeira ação prática do dia, acordar, agradecer e perdoar e só então levantar e sair para a vida.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

APROVEITE O FIM DO MUNDO de Lisélia de Abreu Marques

HOJE É O DIA DO FIM DO MUNDO. NÃO PERCA ESTA OPORTUNIDADE, APROVEITE A DATA E DECRETE O FIM DE TODOS AQUELES MUNDOS QUE VC HABITA E QUE NÃO TE FAZ BEM. ENCERRE SUA CONTA NO MUNDO DA TRISTEZA, CANCELE SUA ASSINATURA NO MUNDO DO MEDO, ABANDONE SEUS CONTATOS COM O MUNDO DA INDIFERENÇA. HABITE MUNDOS DE ALEGRIA, FILIE-SE EM MUNDOS DE SOLIDARIEDADE, PARTICIPE DE MUNDOS DE PRAZER E VONTADE DE VIVER. DEIXE MORRER TUDO O QUE PRECISA MORRER PARA QUE VC RENASÇA VIBRANTE E CHEIO DE ESPERANÇAS COMO O ALVORECER. APÓS O FIM HÁ SEMPRE UM NOVO COMEÇO.

domingo, 2 de dezembro de 2012

O INCONSCIENTE, CAUSA E EFEITO de Lisélia de Abreu Marques



O inconsciente é assim: a sombra do que não se vê. A gente não sabe que aquele conteúdo existe, mesmo assim ele se reflete na nossa vida diária. Como não sabemos que ele existe, imaginamos que os eventos causados por ele e que nos afetam, venham de fora, sem imaginar que a causa primária estava, o tempo todo, dentro de nós.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

PRIORIDADES... de Lisélia de Abreu Marques


Se as pessoas gastassem com o aprendizado espiritual o mesmo tempo que gastam, diariamente, para se arrumarem para o trabalho, seríamos todos iluminados.

O PÃO NOSSO ESPIRITUAL DE CADA DIA de Lisélia de Abreu Marques

Quando o alimento espiritual é consumido, as demais fomes, inclusive as materiais, começam a ser saciadas.

sábado, 27 de outubro de 2012

PRESÍDIOS E ESCOLAS de Lisélia de Abreu Marques


Eu "pensei" que presídio fosse um lugar onde os criminosos pudessem estar afastados do convívio social enquanto se reeducassem, ressocializassem, tivessem oportunidades de educação, pudessem receber apoio psicológico para, ao final da pena, regressarem ao convívio social redimidos e preparados para uma vida honesta e digna... Depósito de gente, faculdade do crime, calabouço, humilhações não consertam ninguém. Acho que as penas nao deveriam ser dadas em anos, e sim, em tarefas. O preso receberia uma lista de tarefas e ao final bem sucedido dela passaria por uma avaliação e estando apto poderia voltar a convivencia social. Estas tarefas seriam educativas, sociabilizantes e poderiam durar anos. Aliás, as escolas poderiam ser assim também: listas de tarefas - as crianças teriam as optativas e as obrigatórias, iriam fazendo a seu tempo, buscando informação e apoio nos professores e na familia. Todos estariam envolvidos no processo. As crianças mais interessadas fariam mais rápido e melhor e se destacariam nas áreas em que tivessem aptidão. Assim, chegando a adolescência já teria uma idéia da atividade profissional a que se dedicar. De acordo com a maturidade e aptidão as pessoas iriam se encaixando na sociedade, através das atividades que lhes dessem prazer e entusiasmo. Acho que tanto presídios quanto escolas precisam mudar. Mas antes de tudo, a mudança vem de dentro, vem de trocar a crueldade pela solidariedade.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

UNIFICAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO (ADÃO E EVA 2) de Anderson Gomes de Oliveira

O mito da criação de Adão e Eva e sua relação com a cosmogonia da criação do próprio universo tem oculto em si, ao mesmo tempo, um sentido geral (criação e expansão do universo físico) e um sentido particular (criação e desenvolvimento do homem).
O que é uma pessoa?
Uma pessoa é uma parte do Grande Universo que, no processo de expansão e evolução do mesmo, começa a tomar consciência de si mesma.
Partindo dessa premissa, o mito do pecado original, num sentido cosmogônico, pode ser entendido como uma tentativa de explicação para esse processo.
Vejamos:
O processo de tornar-se consciente implica em desenvolver a razão e, por consequência, no nascimento e crescimento do ego.
O grande universo e tudo que contem, num nível mais profundo é completamente indiferenciado: matéria é energia (e vice-versa), ondas são partículas (e vice-versa), a presença de matéria e/ou energia curva e molda o espaço e o tempo. O espaço, por vazio que possa parecer, é, em cada ponto, fervilhante de atividade de criação e destruição contínuas de matéria e energia.
O universo é, de certo modo, similar a um grande oceano e as ondas são a matéria, a energia, o espaço, o tempo e, principalmente, os eventos e as interações.
Não há diferenciação entre o universo e as ondas, do mesmo modo que não há diferenciação entre as ondas e o oceano, pois, afinal, tudo é água.
É curioso, mas não inesperado, que o Gênesis comece com uma referência ao grande oceano indiferenciado:
“(...) e o Espírito de Deus pairava sobre as águas (...)”.
Mas, quando surge o homem, aquele pedaço do universo que corresponde à matéria que forma seu corpo e espírito, passa, progressivamente, a ter consciência de si mesmo.
Aquele pedacinho do espaço-tempo, semeado ou fecundado por uma partícula ou centelha divina (ou alternativamente, preenchido pelo “sopro de Deus”) germina para tornar-se um ser dotado de consciência.
Nesse sentido, o homem é barro, matéria-energia ou espaço-tempo moldado/forjado por Deus e animado/ativado pelo “Sopro de Deus”, essa Semente/Centelha Divina que cada um carrega dentro de si.
Com a consciência, vem a razão e, com ela, o sentimento de ser diferenciado do resto. A sensação de ser separado cresce à medida que a consciência de si aumenta. Com a razão vêm a divisão e o julgamento.
Isso é a individuação, é tornar-se um indivíduo.
Ora, o ego, que cresce dentro do homem, é a serpente ou, como a imagem também pode ser interpretada, é um parasita ou verme que cresce e tem o formato de serpente.
É a serpente que vai se interessar pela árvore do conhecimento do bem e do mal. Pois o ego identifica conhecimento com poder. A tentação de comer seu fruto e, daí em diante, conhecer e poder dominar/controlar/colocar ordem no mundo nos seus próprios termos, é o desejo do ego.
A serpente não está fora do homem e da mulher. É parte deles e é, ao mesmo tempo, “o outro”, “o inimigo”.
Um desejo que não se satisfaz ao provar o fruto, pois é como tomar água ligeiramente salgada: a sede aumenta. Ao conhecer (apropriar-se da razão), o indivíduo passa a querer ter e possuir, a querer competir com seus iguais (que não considera mais iguais, pois diferenciou-se e agora considera-se um indivíduo separado) e a querer manipular a natureza, o ambiente e os outros baseado na sua própria agenda.
Em suma, ao comer a fruta, é uma embriaguez. Um êxtase que traz o conhecimento da individualidade e anestesia o conhecimento do todo e das interconexões.
Essa embriaguez faz com que o homem perca a consciência do seu “eu divino”. Anuvia-se-lhe a visão e essa “trave diante dos olhos” é como a catarata, que, progressivamente, faz com que ele não enxergue mais a centelha divina dentro de si, que é a sua ligação com os outros homens e com o Grande Universo.
O egoísmo que advém da consciência da individualidade é o pecado original e que faz com que o homem (Adão e Eva no sentido particular) seja expulso (exclua a si mesmo, p0r sua própria “culpa”) do paraíso.
O paraíso fica cada vez mais distante e passa a ser apenas uma lembrança distante ou utopia, que ele perseguirá por muitas vidas.
A Expressão “ganharás o pão com o suor de seu rosto” tem o sentido literal do esforço e da luta para se manter vivo fisicamente, mas tem, também, o sentido espiritual de lutar (consigo mesmo) para retornar à bem-aventurança, um sentido expresso na declaração de Jesus “Eu sou o pão da vida”.
Retornar à fonte ou ao paraíso significa recuperar-se da embriaguez da fruta e voltar a ver o mundo e a si mesmo como parte de um mesmo todo. Reconhecer dentro de si a centelha divina que é, ao mesmo tempo, uma fagulha ou partícula da divindade e o próprio Deus dentro de si.
Não é por acaso que o Buda identificou a raiz do sofrimento com o desejo e o apego. Não o desejo no sentido de atração física/sexual entre Adão e Eva, mas sim no sentido de querer ter e possuir ao invés de querer ser. O “ter” por oposição ao “ser”.
Redescobrir a união essencial de si mesmo com o todo é reconhecer essa indiferenciação  com os outros (que também possuem a partícula divina dentro de si e, portanto, são parte do mesmo Deus) e entre si mesmo e o Grande Universo, que é uma extensão (ou uma das dimensões) do seu Criador.
Voltar ao paraíso é perceber e sentir-se não como uma onda vagando no oceano, mas enxergar e sentir sua verdadeira natureza que consiste em ser água, assim como próprio oceano é água também. Voltar a esse estado (ou ao Paraíso) é, de certa forma, o objetivo da verdadeira religião: Religar. Reconectar aquilo que está (aparentemente) separado.
Retornar ao paraíso é, ao mesmo tempo, voltar a enxergar a centelha divina dentro de si e novamente ouvir a música resultante da ressonância dela com as outras centelhas divinas. Reconhecer Deus dentro de si e entrar em sintonia com Deus dentro dos outros, com o Grande Universo e com o Criador.
Pois, afinal, como também disse Jesus: “O reino dos céus, está dentro de vós”.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

SEU OLHAR de Lisélia de Abreu Marques

Lembro nitidamente, foi agora a pouco, no meio da tarde... seu olhar me viu "diferente"
Eu vi o momento exato em que vc, de passagem,  me via e sorria
Seus olhos não olhavam sozinhos, brilhavam
e me senti  tocada e acarinhada pelo brilho deles,
foi apenas um momento, um breve instante,
suficiente para o prazer se imprimir na memória
e foi bom,
a mulher em mim se alegrou vendo o homem em você
nunca tinha sido beijada, assim, por um olhar, por um beijo feito de ar...

domingo, 21 de outubro de 2012

MEDO DE SER FELIZ de Lisélia de Abreu Marques


Se a felicidade não ocorre em nossas vidas como gostaríamos que ocorresse, talvez, seja porque a tememos e com isto a mantemos distante de nós.

Conhecer nossas crenças, nos ajuda a perceber a nossa responsabilidade e autoria nos eventos de nossa vida, e tomando posse do nosso poder criativo saimos da condição de vítimas e assuminos a nossa condição de co-criadores da realidade, passando, assim, a exercer de maneira consciente o nosso poder.

Todos já ouvimos o dito popular que diz que "quanto mais alto, maior o tombo". Há, também, outra crença bastante divulgada que afirma que, após uma grande felicidade vem uma infelicidade de mesma proporção. Estas crenças nos fazem temer a felicidade, e por medo, optamos por  uma vida morna, sem sermos muito felizes nem muito infelizes.Optamos pela falsa sensação de "segurança". 

Por escolhermos sem muita fé na felicidade, baseados nestas falsas verdades e nos nossos medos, acabamos colhendo apenas breves momentos de alegria, enquanto que felicidade é um sentimento de prazer, de alegria plena e completa. Uma presença inteira, total, um encontro entre corpo, sentimento, emoção e mente. 

Por temermos a felicidade, acabamos por vivenciá-la, apenas, em alguns momentos da vida. Por ser vivida em breves momentos, acreditamos que é efêmera, passageira,  quase utópica e acabamos por direcionar nossa energia em algo mais permanente. 

As pessoas, de modo geral, apesar de dizerem que querem ser felizes e que a felicidade é muito importante, não acreditam numa felicidade duradoura e, por isto mesmo não apostam nela, o que cria um ciclo vicioso, mantendo as coisas como estão.

Outros valores, como a responsabilidade, o compromisso e a conveniência nos parecem mais permanentes, mais reais e, muitas vezes, acabam se sobrepondo no momento de fazermos uma escolha. 

Para a maioria de nós, felicidade não é prioridade, felicidade é luxo. Vem como um bônus extra que, quando temos sorte, a vida nos brinda. 

Semiconscientes, não percebemos que nossas crenças atraem ou repelem os acontecimentos, não percebemos que somos nós os agentes criadores da nossa própria sorte, do nosso destino e acabamos nos sentindo vítimas ou reféns de uma vida que parece acontecer independente de nós, quando na verdade, nós somos a nossa própria vida, os autores da nossa própria história.

Depois de já termos assumido nosso poder co-criativo, nossa responsabilidade,  será  fácil perceber que os acontecimentos da vida não são aleatórios, coisas do destino ou sorte, e sim conseqüências diretas das nossas crenças e atitudes. E se a felicidade vier será por mérito, assim como a infelicidade. Ao acreditarmos que é seguro, saudável  e desejável ser feliz plantaremos uma sementinha que poderá germinar e nos brindar com muitas alegrias e satisfações.



LUZ SOBRE A ESCURIDÃO de Lisélia de Abreu Marques

A LUZ FAZ VISÍVEL, O QUE ERA INVISÍVEL,
 FAZ CONSCIENTE O QUE ESTAVA INCONSCIENTE, 
FAZ PERDÃO O QUE ERA ÓDIO, 
POIS O CONHECIMENTO 
ILUMINA TUDO E AUMENTA A VISÃO.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

CORPOS de Lisélia de Abreu Marques

Corpos são roupas que vestimos de acordo com a necessidade. Da mesma forma que usamos trajes de mergulho para pesquisa submarina ou macacões espaciais para passeios no espaço sideral, da mesma forma nossa alma veste corpos para cada dimensao da matéria. Quando morremos aqui na Terra, nossos corpos são enterrados e nossa alma segue vestindo um corpo astral. Para cada densidade da matéria um corpo numa densidade diferente, até nos desnudarmos de todos os corpos, assumindo nossa real aparência: luz.

domingo, 7 de outubro de 2012

HOMENS E MULHERES, AMOR E SEXO de Lisélia de Abreu Marques




Difícil falar sobre as diferenças entre homens e mulheres sem ter a experiência de ser homem.
A imagem que tenho do aspecto masculino da minha personalidade é que o meu lado masculino é competente, mas não tem a riqueza, a vastidão das possibilidades do meu mundo feminino.
Sonhar parece ser coisa mais de mulher do que de homem, fantasiar, criar histórias de amor, então, muito mais coisa de mulher. Nós, mulheres buscamos transcendência nas relações, significado na vida e projetamos isto nos relacionamentos com os homens.
Tadinhos dos homens. Muita responsabilidade ancorar o nosso mundo interior, dar suporte às nossas incursões ao mundo dos sentimentos.
Talvez os poetas entendam melhor as mulheres ou talvez sejam eles que sofram mais por não entender.
Talvez a diferença entre a maneira como os homens e as mulheres percebam os relacionamentos  esteja no valor que atribuímos aos relacionamentos e a associação que  nós, mulheres, fazemos dos relacionamentos com a felicidade.
A mulher, busca uma completude no homem, um equilíbrio de cargas positivas e negativas, um ponto neutro, de equilíbrio.
Talvez sintamos mais falta do que os homens deste ponto de equilíbrio.
Muitas vezes nós, mulheres, não encontramos homens dispostos a dar este suporte emocional.
De modo geral, homens, mais do que mulheres temem o mundo dos sentimentos. Temem a dependência (palavra horrível) que este sentimento pode causar. Dependemos um do outro para sermos um par, uma relação. Sem o outro não existe dois e quando o outro decide partir, quem fica, sofre. Sofrimento é algo muito associado ao mundo dos relacionamentos amorosos. Não sentimos medo de amar propriamente dito, sentimos medo de não sermos amados em retorno, de sermos rejeitados, abandonados, trocados. Com certeza sexo ajuda muito quando a gente está carente.
Ouvi, muitas vezes, que  para os homens, sexo é sexo, amor é amor. E que as mulheres confundem as duas coisas. Parece que, realmente, sexo e sentimentos andam mais próximos nas mulheres.
O sexo aproxima, junta, liga, coloca perto, e no caso das mulheres, coloca dentro de nós, um homem. Um homem que elegemos para estar conosco naquele momento, ao nosso lado, em cima, embaixo, dentro de nós, e psicologicamente, isto faz a diferença. Entrar e sair do corpo de uma mulher numa relação e por fim gozar, deixando dentro dela uma herança, é bem diferente de deixar-se penetrar muitas vezes e de muitas maneiras e acolher dentro da gente o gozo do homem. Fisiologicamente acolhemos o homem e emocionalmente, também. Com o gozo do homem geramos um novo ser, este novo ser pode ser um bebê ou um sentimento. Os homens depositam seu prazer e se vão. Nós ficamos encarregadas de fazer este gozo dar frutos, crescer, prosperar. Somos as cultivadoras da herança do homem. Cultivamos suas sementes. E  como gerar sem amor? Como cuidar sem se importar? Amar faz parte da nossa natureza. Amamos quem não quer ser amado, amamos quem não nos quer amar... Amamos errado, amamos torto, mas amamos... 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

GENTE QUE MORA DENTRO DA GENTE de Patricia Gebrim

"Se trancamos nossa sombra em uma caverna, ela se torna ainda mais sombria. Só quando temos a coragem de libertar a sombra é que o sol pode tocá-la... e então tudo vira luz." 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

HO’OPONOPONO de Lisélia de Abreu Marques



EU SINTO MUITO – Eu sinto a dor que causei, lamento pelo que fiz e pelo que deveria ter feito e deixei de fazer. Aceito a responsabilidade que me cabe pelo mal causado a você, consciente ou inconscientemente.

ME PERDOE – Perdoe as escolhas que fiz guiada pelos meus defeitos, pelo meu medo, pelo meu egoísmo, pelo meu orgulho, pela minha insegurança, pela minha ignorância, pelo meu desamor. Perdoe pelo que fiz ou deixei de fazer guiada pela parte doente de mim mesma.

EU TE AMO – Amo com respeito e compaixão a essência pura e divina em você e, também, a parte doente e deformada. Aceito e Acolho, amorosamente, as suas deformações, surgidas ao longo de um caminho de ilusão trilhado fora da harmonia, do equilíbrio, da saúde e do amor. O amor que sinto por esta sua parte doente nos leva, a ambos, a cura.
SOU GRATA – Agradeço pelo aprendizado, agradeço por você ser como um espelho e me ajudar a ver o que está escondido na escuridão do meu inconsciente. Agradeço por...

domingo, 23 de setembro de 2012

A MATRIZ VIVA - A NOVA CIÊNCIA DA CURA




O depoimento que começa aos 25:11min é uma grande lição.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

PRECISAMOS PASSAR BATOM NO MUNDO de Lisélia de Abreu Marques



"O laçador" é a estátua que representa a masculinidade do homem gaúcho. Hoje me deparei com a imagem da " laçadora" e isto trouxe a tona uma questão pessoal antiga. Eu nasci no RS e acho que a laçadora representa um desejo de valorização e respeito não só da mulher gaúcha, como de todas as mulheres. Ao longo da história humana, a mulher foi vista como propriedade do homem, tutelada e sem direitos. A imagem da laçadora mostra a busca de igualdade entre os sexos.


Nós, mulheres, fomos integradas ao sistema econômico e, em poucas décadas, mostramos ao mundo as nossas habilidades masculinas. Aquelas mesmas que, no passado, foram proibidas e reprimidas. No entanto, hoje, estamos descobrindo que nos igualar aos homens, em comportamento, não satisfaz, que esta não é a resposta para os nossos anseios de desenvolvimento. Mulheres não evoluem para se tornar homens. Mulheres evoluem para ser cada vez mais plenas, livres, confiantes, saudáveis e felizes e isto começa com a valorização das qualidades femininas. Mulheres agindo como mulheres e adaptando o mundo para as nossas necessidades... Isto sim, é uma revolução. Revolução não, evolução. Revolução foi quando as mulheres queimaram seus sutiãs em praça pública e passaram a se vestir e agir como homens. Foi uma maneira, na época, de dizer não, de romper com as proibições.  Acredito que, hoje, evolução seja sinônimo de um sistema econômico mais justo e humanizado, de uma sociedade mais saudável, de um mundo mais feminino, mais equilibrado na valorização de qualidades masculinas e femininas.