sábado, 2 de janeiro de 2010

DEUS É FELIZ de Lisélia de Abreu Marques


Estes dias me dei conta de que Deus era feliz. Fiquei surpresa com esta idéia. Sempre imaginei Deus um cara chato, carrancudo, caxias, pentelho mesmo! Pegando no pé de todo mundo pra que todo mundo fosse certinho. Percebi que esta chata era eu, eu fazendo Deus minha própria imagem e semelhança. Deus era feliz, independente de qualquer coisa, independente da minha projeção, da minha chatice, da minha própria exigência de perfeição. Deus  está vivendo feliz e curtindo a eternidade numa boa. Esta idéia me trouxe duas conclusões, a primeira: um cara de bem com a vida, só pode ser um cara legal e isto melhorou muito a imagem que eu tinha de Deus. E já que ele é um cara legal, eu quero ser amiga dele. Afinal de contas quem quer um chato carrancudo por perto dizendo que você está errada toda hora? Ninguém. Agora, ser amiga de um Deus gente boa, é outro departamento. A segunda conclusão foi que se ele é bacana e feliz, vai querer que todos se sintam felizes também, vai aprovar a alegria, a festa, a folga, a curtição e todas as coisas que fazem a vida parecer férias. Bom demais. Foi aí que eu esbarrei em outra neura minha. A vida tinha que ser chata pra parecer que estava sendo levada a sério. Olha que loucura!? , mas aí já é outro texto. De insight em insight fui vendo que as cores do mundo que vejo são pintadas pelas lentes dos óculos que escolho usar. Deus não tem nada a ver com isto e eu sempre botava a culpa nele. Nesta hora acho que ele está curtindo muito prazer em ser quem é e viver a vida que vive. Nesta hora, eu queria mesmo, era me sentir a imagem e semelhança Dele e criar pra mim uma vida como a Dele: de prazer, amor, criatividade, felicidade, novidade e tudo o mais que existe de bom. Afinal, filho de peixe, peixinho é. Queria por mais fé no que se diz por aí: " se eu não sou o dono do mundo, pelo menos sou filho do dono", no caso, filha. Uma hora eu chego lá.

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