quinta-feira, 20 de setembro de 2012

PRECISAMOS PASSAR BATOM NO MUNDO de Lisélia de Abreu Marques



"O laçador" é a estátua que representa a masculinidade do homem gaúcho. Hoje me deparei com a imagem da " laçadora" e isto trouxe a tona uma questão pessoal antiga. Eu nasci no RS e acho que a laçadora representa um desejo de valorização e respeito não só da mulher gaúcha, como de todas as mulheres. Ao longo da história humana, a mulher foi vista como propriedade do homem, tutelada e sem direitos. A imagem da laçadora mostra a busca de igualdade entre os sexos.


Nós, mulheres, fomos integradas ao sistema econômico e, em poucas décadas, mostramos ao mundo as nossas habilidades masculinas. Aquelas mesmas que, no passado, foram proibidas e reprimidas. No entanto, hoje, estamos descobrindo que nos igualar aos homens, em comportamento, não satisfaz, que esta não é a resposta para os nossos anseios de desenvolvimento. Mulheres não evoluem para se tornar homens. Mulheres evoluem para ser cada vez mais plenas, livres, confiantes, saudáveis e felizes e isto começa com a valorização das qualidades femininas. Mulheres agindo como mulheres e adaptando o mundo para as nossas necessidades... Isto sim, é uma revolução. Revolução não, evolução. Revolução foi quando as mulheres queimaram seus sutiãs em praça pública e passaram a se vestir e agir como homens. Foi uma maneira, na época, de dizer não, de romper com as proibições.  Acredito que, hoje, evolução seja sinônimo de um sistema econômico mais justo e humanizado, de uma sociedade mais saudável, de um mundo mais feminino, mais equilibrado na valorização de qualidades masculinas e femininas.

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